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30 de jan. de 2018

O PRIMEIRO HOMEM DE DEUS


CAPÍTULO 2
DO LIVRO “A VIDA EM UM PLANO MAIS ALTO” DE RUTH PAXSON

O primeiro homem de Deus –
o primeiro Adão

Quando observamos o dia-a-dia dos homens e mulheres vemos uma enorme diferença na qualidade das suas vidas. Imediatamente admitimos que as pessoas vivem em plano totalmente diferentes, e como consequência há uma considerável divergência em caráter e conduta. Devemos buscar a causa de tal disparidade. Qual ou de quem é a culpa?
Se reconhecemos Deus como o Criador de todas as coisas no universo, então somos compelidos a pôr a responsabilidade de tal desigualdade tanto sobre Ele como sobre o homem. Deve ser o resultado tanto da permissão de Deus como da escolha do homem. Dizer que é devido a diferenças hereditárias, circunstâncias, ambiente ou oportunidades das pessoas é pôr totalmente de lado a questão. Incontáveis pessoas têm se levantado das profundezas da miséria, analfabetismo, superstição, aflição e perseguição para a mais alta nobreza de caráter e conduta. Muitos tem caído da mais alta riqueza, educação, conforto, oportunidade e privilégio para a mais baixa profundeza do pecado e da vergonha. Sobre quem então poderia repousar a culpa por tal desigualdade na vida humana?
Será que Deus é responsável por isso? O único caminho justo para responder a esta questão é voltar para Seu próprio registro da criação e ler o que Ele diz sobre Seu primeiro homem, e determinar sobre que plano Ele pretendeu que o homem vivesse.
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:26-27).
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1:31).
            Se a linguagem tem algum poder absoluto para expressar um pensamento, estas palavras claramente nos ensinam cinco coisas a respeito do homem de Deus:
·         Que ele foi criado por Alguém que já existia.
·         Que sua criação foi o resultado deliberado, direto, da vontade criativa de Deus.
·         Que ele foi criado à imagem de Deus.
·         Que ele foi declarado “muito bom”.
·         Que a ele foi dado o domínio sobre a toda a terra e constituído o cabeça de toda a criação terrestre.

DEUS CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM
O primeiro homem de Deus foi feito exatamente como Deus queria que todo homem fosse. Ele foi feito mediante um padrão. O primeiro homem veio diretamente das próprias mãos de Deus e trouxe uma imagem exata do seu Criador. “A ideia original da palavra em Hebreus (1:3,4) traduzida como “imagem” é a de sombra.” Então o primeiro homem de Deus era a sombra de Deus. Ele era semelhante a Deus. Mas em relação a quê?
            Para responder a esta pergunta somos forçados a fazer outra. O que era semelhante a Deus? “Criou Deus o homem.” A declaração é feita sem nenhuma explicação prévia do próprio Deus; Ele aparece sobre as primeiras páginas da revelação como um Ser agindo independentemente na criação do universo e do homem sem explicação de Si mesmo e sem absoluta referência à Sua origem.
            “Quem criou Deus?” Como muitas mães tiveram de responder a esta pergunta! É, do mesmo modo, a primeira e maior questão que enfrenta o filósofo quando estuda os segredos do universo. Ao responder a esta questão corretamente a pessoa dá seu primeiro passo para conhecer quem é Deus.
            As Escrituras dão para os homens e mulheres de fé uma resposta absolutamente satisfatória e final em palavras simples, mas sublimes: “No princípio Deus.” Deus nunca se tornou, pois Ele sempre foi. Deus é o grande “Eu Sou”. “Disse Deus a Moisés: Eu Sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros” (Êx 3:14). Deus não tem começo e não terá fim. De eternidade a eternidade Ele é Deus. “Pois em ti está o manancial da vida” (Sl 36:9). “Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5:26). Deus é o Não-Criado, o sempre Existente. Ele é o Eterno, o Infinito. Ele é o início de todos os inícios.
            Isso, portanto, é o que Deus é. Mas se isso é o que Deus é, então em que aspecto o primeiro homem de Deus poderia ser considerado semelhante a Ele? Vamos continuar nessa nossa busca por um entendimento desta grande verdade. Embora Deus nunca explique a Si mesmo nas Escrituras, Ele revela a Si mesmo. Ele quer que o homem conheça quem e o que Ele é, pois se nós não tivermos este conhecimento nunca saberemos a intenção original de Deus para o homem, que foi feito à Sua imagem.
            Vamos voltar para os primeiro 25 versículos do capítulo de abertura da Palavra de Deus e ver se encontramos alguma revelação dEle mesmo que traga luz sobre o tipo de semelhança que o primeiro homem traz de Deus. Lemos:
            “Deus disse...”                                                           “Deus fez....”
            “Deus viu...”                                                  “Deus pôs...”
            “Deus dividiu...”                                            “Deus criou...”
            “Deus chamou...”                                          “Deus abençoou...”
            Cada uma dessas frases registra alguma coisa que Deus fez. A ação externa é a expressão do ser interior. O que alguém faz revela o que é.
·         “Deus disse”, portanto Deus deve ter pensado.
·         “Deus abençoou” portanto Deus deve ter amado.
·         “Deus criou” portanto Deus deve ter desejado.

Gênesis 1:1-25 revela personalidade. Deus é uma Pessoa. Ele é uma Pessoa que pensa, ama e deseja.
Agora nós descobrimos duas coisas sobre Deus. Aprendemos que Deus é o Não-Criado, o Eterno, o Infinito, o Manancial da vida. E aprendemos que Ele é uma Pessoa que pensa, ama e deseja. A dedução que devemos fazer dessas duas coisas reveladas é que Deus é uma Pessoa que pensa, ama e deseja no plano não-criado, ilimitado, eterno da Vida divina.
Agora estamos prontos para responder à pergunta> “Em que aspecto o primeiro homem de Deus era como Deus?” Talvez devêssemos clarear nosso pensamentos sobre um ponto fundamental dizendo primeiro em que aspecto o primeiro homem de Deus não era como Ele.
“Então, formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2:7).
“O primeiro homem, foi formado da terra, é terreno: o segundo homem é do céu” (I Co 15:47).
            Deus é o Criador do homem. O homem passou a ser alma vivente, O homem foi formado do pó da terra, Ele é da terra, terreno. Poderá ser claramente visto nestes versículos que Deus e Adão não eram seres de uma mesma ordem nem viviam no mesmo plano de vida.
            Deus é não-criado, o homem é criado. Deus é infinito, o homem é finito. Deus é celestial, o homem é terreno. Deus é divino o homem é humano. Entre o que Deus é na sua não-criada, essencial, divina existência e o que o homem é em sua criada, finita, humana existência há um abismo absolutamente intransponível. Deus não é super-homem, e o homem não é Deus inferior.
            Em que aspecto então o primeiro homem de Deus era semelhante a Deus? No que o homem era a sombra de Deus? Era no maravilhoso dom da personalidade. O homem é uma pessoa como Deus é uma pessoa. Vamos investigar esta igualdade nos próximo capítulos de Gênesis.
            Como uma pessoa Deus pensa e expressa seu pensamento em palavras revelando assim a verdade de que a inteligência é inerente à personalidade.

“Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem dessa a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (Gn 2:19029).
            Adão foi criado com o poder de pensar e expressar pensamentos com palavras. Adão tinha inteligência.
            Como uma pessoa Deus amou e expressou Seu amor abençoando, revelando assim a verdade de que a emoção é inerente à personalidade. Deus fez Adão à Sua imagem.
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18).
            Deus deu Eva a Adão para ser sua esposa e disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. (Gn 2:24).
Adão foi criado com poder para amar e expressar seu amor em fidelidade. Adão tinha emoção.
            Como pessoa Deus desejava e expressava Seu desejo em ações revelando assim a verdade de que a vontade é inerente à personalidade. Deus fez Adão à Sua imagem.
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu” (Gn 3:6).
            Adão foi criado com o poder para exercer sua vontade e expressar essa vontade na escolha. Adão tinha volição.
            O primeiro homem de Deus foi feito à imagem de Deus no sentido de ter uma personalidade moldada por Deus com poder para pensa, amar e desejar; mas com esta diferença: que Deus pensava, amava e desejava no plano não-criado, ilimitado, eterno da vida divina, enquanto Adão pensava, amava e desejava no plano criado, limitado, finito da vida humana. A vida intelectual, emocional e volitiva do primeiro homem de Deus era perfeita dentro de uma esfera limitada. Abaixo e acima disso estava a perfeição da personalidade de Deus dentro de uma esfera ilimitada (ver Diagrama 2).



            A semelhança que o primeiro homem trazia de Deus pela igualdade na personalidade tornou possível a comunhão e a cooperação entre eles, enquanto a diferença de planos nos quais cada um vivia determinava a base do seu relacionamento. Deus era o Criador, Adão era a criatura. Deus era o Soberano, Adão o súdito. Isso também definiu os limites da vida intelectual, emocional e volitiva de Adão; tudo deve estar dentro do domínio da soberania divina. A soberania de Deus expressa me Sua vontade divina era para ser a circunferência de vida humana de Adão. Liberdade ilimitada no pensar, amar e desejar foram dados a ele. Mas uma condição tinha de ser satisfeita. Ele deveria pensar, amar e desejar dentro do círculo da vontade de Deus.
            Tal limitação não tinha o propósito de fazer de Deus um déspota glorificado; um Soberano que rege arbitrariamente sem pensar no bem-estar do Seu súdito. Ao contrário, a limitação era inteiramente beneficente. Tinha puramente o propósito de guardar o homem somente na esfera onde ele poderia entrar na total e mais completa realização da possibilidade do seu ser, na qual, de fato ele poderia permanecer em comunhão e cooperação com Deus.
            Toda a Bíblia nos mostra que Deus pretendia que o homem se tornasse muito mais do que podemos vê-lo ser no primeiro homem não caído do Éden. Adão foi feito à imagem de Deus mais a capacidade para filiação. “O homem, como originalmente criado, não foi somente a imagem de Deus, mas também foi feito para viver em união com Deus, para que então toda sua limitação pudesse encontrar seu complemento na vida ilimitada do Eterno. É um grande erro imaginar que o homem, depois de criado, foi colocado em alguma posição onde ele deveria se levantar ou cair, de acordo com a capacidade da sua própria personalidade. É melhor lembrar que ele foi criado à imagem de Deus, e então colocado em uma posição probatória através da qual ele teria de passar ileso para alguma grande forma de existência, se sua vida fosse vivida em união com Deus, que o tinha criado. No entanto, se ele escolhesse uma existência separada, e cortasse a si mesmo da união, nesse momento ele cairia”.
            O que o primeiro homem de Deus deveria fazer? Ele deveria aceitar a limitação e viver sua vida em união com Deus, satisfeito em se deixar guardar dentro do círculo da vontade de Deus, ou deveria exercitar sua vontade na escolha contrária à vontade de Deus e então cortar-se a si mesmo da vida de Deus? Havia somente u meio de saber – por meio de um teste. Deus fez o teste.
“E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:8,9).
“E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16,17).
“De toda árvore do jardim comerás livremente” – liberdade ilimitada de escolha dentro da vontade de Deus. “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás” – delimitação da escolha limitada pela vontade de Deus.
“E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: Não...”. Aqui estava a Grande Divisão. Aqui estava a linha divisória entre a soberania do Criador e a sujeição da criatura. Tudo de um lado está dentro do círculo da vontade de Deus; tudo do outra lado estava fora do circula da vontade Deus. Tudo de um lado significava morte. Deus fez o teste. Adão tinha de fazer a escolha. Deus deu o mandamento. Adão poderia obedecer ou desobedecer.
Justamente aqui precisamos fazer uma pausa para ir mais a fundo no estudo da personalidade de Adão para ver se havia algo no seu interior que o impediria ou o ajudaria a fazer sua escolha. Deus fez Adão para que ele pudesse desejar viver totalmente dentro do círculo da Sua vontade e ter sempre a outra parte do seu ser em simpatia ativa com essa decisão? Na própria constituição do ser de Adão Deus colocou algo que poderia favorecer e nutrir uma completa e contínua obediência?
As Escrituras não dizem muito sobre a natureza tripla do homem, mas o que elas dizem é muito esclarecedor e indubitável. Ela nos diz como o homem veio a ser e o que ele é agora.
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (Gn 2.7).
            As Escritura nomeiam para nós as partes componentes do homem da maneira como ele foi criado por Deus.
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5.23).
                Em Gênesis 2:7 Deus nos dá a ordem divina na criação das partes componentes do homem.

A Formação do Corpo Humano
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra.” “O primeiro homem, formada da terra, é terreno.” A terra era para ser o lugar de residência do homem. A fim de que ele se comunicasse com o mundo externo no qual residia, o corpo do homem foi formada da terra e então equipado com cinco sentidos: visão, audição, paladar, tato e olfato. Por causa da sua conexão com a terra, o corpo é a parte mais inferior do homem, ainda que ele tenha o grande privilégio de ser a casa do espírito e de ser seu único canal para o mundo sensível. O corpo é a cidade de refúgio da personalidade humana.
A Emanação do Espírito Humano
“E lhe soprou nas narinas o fôlego de vida.” O oleiro divino formou a estrutura humana e então soprou nela o fôlego de vida. O princípio desta vida que veio como uma emanação direta de Deus tornou-se o espírito humano. Alguém adequadamente disse: “O homem é pó soprado pela Deidade”.
            O próprio Deus define o espírito humano nestas palavras: “O espírito do home é a lâmpada do SENHOR, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo” (Pv 20:27). O espírito é a parte mais elevada do ser humano. É a obra-prima de Deus na criação humana. É a parte do homem que tem relacionamento com o invisível, o mundo espiritual, que tem comunhão com Deus. Através do espírito o homem apreende, ama e adora Deus.
            O Dr. T.A. Pierson disse: “O espírito recebe impressões do exterior e das coisas materiais através da alma e do corpo, mas ele mesmo pertence a um nível e domínio mais alto e está capacitado a um conhecimento direto de Deus por causa da relação com seus próprios sentidos e faculdades elevador. No seu estágio anterior à queda ele era como um elevado observatório com um panorama de um firmamento celestial”. O espírito é a cidade principal da personalidade humana.
A Criação da Alma Humana
“E o homem passou a ser alma vivente”. Acima do corpo e abaixo do espirito fica a alma, o intermediário entre eles. Tem-se dito que em seu relacionamento com o corpo e sentidos corporais ela dever ser semelhante à câmara escura onde são reveladas em distintas expressões de pensamento, emoção e vontade. Em seu relacionam com o espírito e o mundo espiritual a alma deve ser assemelhada ao tribunal de julgamento.
 A evidência a respeito de Deus e das realidades espirituais, a qual o espirito encontra em sua busca no reino espiritual, é trazida para o tribunal da alma e então é aceita ou rejeitada.
  O homem, então, é uma trindade; espírito, alma e corpo são as partes integrantes do seu ser trino. Na constituição do primeiro homem de Deus dois elementos independentes foram usados: o corporal e o espiritual, o material e o imaterial. Ambos eram essenciais porque o homem tinha de se relacionar com dois mundos: o visível e o invisível, o material, e o espiritual. Ele foi feito primeiramente para Deus e para ter   comunicação com Deus precisava ter um espírito capacitado para a comunhão e o relacionamento com o Espírito divino. Mas o homem foi colocado no universo material de Deus para poder ter relacionamento tangível com o mundo exterior das pessoas e coisas. Para isso ele deve ter um corpo capacitado para esse contato e comunicação. O homem deveria estar em perfeito, contínuo contato com a terra e o céu, com o eterno e o temporal, com o espiritual e o material.
Quando Deus colocou o espírito dentro do corpo, sua casa na terra, a união deles produziu uma terceira parte, e o homem se tornou uma alma vivente. A alma que une espírito e corpo deu ao homem individualidade, que foi a causa da sua existência como um ser distinto. A alma, consistindo de, inteligência, emoção e vontade, tornou-se a parte central, a sede, por assim dizer, da existência do homem. 
                A alma atuava como o intermediário entre o espírito e o corpo; ela era o vínculo que os unia e o canal através do qual eles atuavam um sobre o outro. A alma então ficava a meio caminho entre dois mundos: através do corpo ela estava ligada ao visível, material e terreno; através do espírito ela estava ligada ao invisível, espiritual e celestial. A ela foi dado o poder para determinar qual mundo poderia dominar o homem.
A grande importância deste tema na sua relação com as lições posteriores e o desejo intenso de que cada leitor possa ter um entendimento claro disso levou-me a citar parte do livro de Andrew Murray,  The Spirit of Christ (O Espírito de  Cristo).
"O Espírito, ativando o corpo, fez do homem uma alma vivente, uma pessoa viva com consciência de si mesma. A alma era o lugar de encontro, o ponto de união entre corpo e espírito. Através do corpo, o homem, a alma vivente, estava relacionado com o mundo sensível exterior; podia influencia-lo ou ser influenciado por ele. Através do espírito ele estava relacionado com o mundo espiritual e o Espírito de Deus, de onde ele teve sua origem; podia ser o recipiente e o ministro da sua vida e poder. Estando assim a meio caminho dois mundos, pertencendo a ambos, a alma tinha poder de determinar, escolher ou refugar os objetos que a circundavam e com os quais ela tinha relacionamento.
Na constituição destas três partes do homem natural espírito, ligando—o com o Divino, era o mais elevado; o corpo, conectando-o com o sensível e animal, o mais baixo; intermediando estava a alma, parceira da natureza das outras, o elo que as une, e através da qual elas podem atuar uma com outra. Como poder central seu trabalho era o de mantê-las na relação devida; manter o corpo, como o mais baixo, em sujeição ao espírito; ela mesma receber, através do espírito, como o mais elevado, do Espírito Divino o que estava esperando para sua perfeição; e passar até mesmo para o corpo, pelo qual ela pode ser participante da perfeição do Espírito, e tornar—se um corpo espiritual.
Os maravilhosos dons com os quais a alma estava dotada, especialmente aqueles do conhecimento e autodeterminação, ou mente e vontade, não passavam de molde ou vaso no qual a vida do Espírito, a substância real e a verdadeira vida Divina, deveria ser recebida e assimilada. Eles eram uma capacidade dada por Deus para fazer do conhecimento e da vontade de Deus sua propriedade. Fazendo isso a vida pessoal da alma teria se tornado cheia e possuída pela vida do Espírito, todo o homem teria se tornado espiritual.
Para compreender tudo o que foi dito, o espírito é o lugar da nossa consciência de Deus; a alma o lugar da nossa própria consciência; o corpo o lugar da nossa consciência do mundo. No espírito habita Deus; na alma o eu, e no corpo o sentido".
De tudo isso está claro que a intenção original de Deus era que somente o espírito humano, através do qual o homem pode se relacionar com o Espírito de Deus e com o mundo espiritual, pudesse ser o elemento dominante na personalidade humana. O espírito deveria ser o soberano, e quanto mais ele permanecesse assim todo o ser permaneceria espiritual.
Mas enquanto o espírito humano deveria ser soberano no âmbito da personalidade humana, com a alma e o corpo rendidos ao seu domímio, ainda assim ele estava, por sua vez, sujeito a um poder mais elevado. O Dr. A. T Pierson disse: “Uma lição óbvia na psicologia bíblica é a de que Deus evidentemente projetou o homem para que o espírito humano, habitado e dominado pelo Espírito Santo, mantivesse o homem em constante contato com Ele mesmo, e mantivesse em todas as coisas sua correta preeminência, dominando a alma e o corpo" (ver Diagrama 3).
Desta maneira vemos que o espírito humano deveria ser um soberano debaixo de um Soberano. Também deveria ser intermediário entre o eterno e o temporal, o celestial e o terreno. O espírito tinha suas janelas abertas para a direção celestial, a direção de Deus, e através da percepção espiritual, discernimento e visão estaria constantemente recebendo impressões espirituais, que deveriam ser enviadas para o exterior através da alma para o corpo. O espírito, através de uma contínua comunhão com o Espírito Santo, deveria ser um canal através do qual todo o ser do primeiro homem de Deus pudesse estar ligado à vida de Deus e então ser formado e preservado como ser espiritual.
Este breve estudo da natureza trina do primeiro homem de Deus, Adão, nos mostra que a sua personalidade humana era assim constituída para que ele pudesse sempre pensar, amar e desejar dentro do círculo da vontade de Deus. Ele poderia escolher viver debaixo da autoridade do seu Soberano divino. Não havia nada dentro dele para impedir a perfeita obediência à vontade de Deus.
Resta uma outra questão para ser respondida. Havia alguma coisa fora da sua vida para atrapalhar? O ambiente de Adão era conducente para a completa e contínua obediência à vontade de Deus?


Deus colocou Seu homem perfeito em um ambiente perfeito. A imagem do jardim do Éden dada em Gênesis é a de um lugar no qual havia satisfação e suficiência para todas as necessidades do espírito, alma e corpo do homem. O Criador Se responsabilizou por encontrar generosamente todas as necessidades da Sua criatura. Até mesmo a breve explicação dada sobre a vida de Adão no Éden revela um perfeito ajuste com seu ambiente. A justiça dominava; portanto, resultava a paz. Não havia nada no seu ambiente para atrapalhar a perfeita obediência à vontade de Deus.
Deus não apenas colocou este homem perfeito em um ambiente perfeito, mas Seu próprio relacionamento com Adão era perfeito. Era um relacionamento tanto de comunhão como de cooperação.
Adão tinha comunhão com Deus. O homem foi feito para Deus. Há uma ampla autoridade nas Escrituras para esta afirmação em passagens como estas: Isaías 43:7, 21; Colossenses 1:16; Apocalipse 4:11.
O fato de o homem ter sido feito à imagem de Deus em sua vida intelectual, moral e volitiva mostra que Deus desejava comunhão com ele e o fez com capacidade para tal comunhão que não foi dada a nenhuma outra das Suas criaturas. As belas palavras em Gênesis 3:8, “quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia", revelam Deus tomando a iniciativa em procurar a comunhão e camaradagem com Adão e Eva. Assim, o primeiro homem de Deus andou e conversou com Deus de amigo para amigo; ele estava apto para conhecer e desfrutar de Deus como uma pessoa com quem ele tinha algo em comum; ele estava em harmonia interior, espiritual com Deus.
O primeiro homem de Deus também cooperava com Deus nas Suas atividades governamentais. Adão era o vice regente de Deus sobre todos os Seus trabalhos: ele era o instrumento executivo por nomeação divina para completar o desígnio divino. Deus fez de Adão Seu representante como um monarca visível de todas as coisas vivas. “Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gn 1:27). Dentro da sua própria esfera ele foi feito soberano, subordinado somente a Deus.
Ainda há algo a ser dito a respeito do primeiro homem de Deus. Adão não era apenas um indivíduo, mas era o governo central da raça humana. Deus fez Seu primeiro homem o cabeça e representante do homem. O Bispo H. C. G. Moule, em seu Outline of Chrisitan Doctrine (Esboço da Doutrina Cristã), diz:
“Adão era um indivíduo verdadeiro, tão verdadeiro quanto Abel. Mas, diferentemente de seu filho, ele era, o que somente um outro Ser sempre foi, o Cabeça inteligente, moral de uma raça inteligente, moral; não somente o primeiro espécime de uma Natureza criada novamente, mas, de certa forma, a Primavera daquela natureza para sua posteridade, de modo que nele não somente o indivíduo, mas a raça humana poderia, em alguns aspectos muito importantes, ser tratada".
            Adão, por nomeação de Deus, era a fonte da vida humana de toda a humanidade: o cabeça da família humana. Ele era o primeiro homem representante de Deus. Através dele Deus estabeleceu na criação a união com toda a raça humana. Então ele mandou Adão ser frutífero e se multiplicar.
O primeiro homem de Deus era perfeito; ele foi colocado em um meio ambiente perfeito e tinha uma comunhão perfeita com Deus. Reinava harmonia em seu interior, em todos os seus relacionamentos, tanto com as criaturas inferiores abaixo dele como com o soberano Criador acima dele. Havia todas as coisas dentro e fora da sua vida para promover a completa submissão à soberania de Deus e perfeita obediência a Sua vontade. Estaria ele satisfeito em permanecer um soberano sob um Soberano? Escolheria ele viver continuamente dentro do círculo da vontade de Deus? Permaneceria toda a sua personalidade debaixo do controle do Espírito divino e então manteria sua vida no plano espiritual? Se assim fosse, então através deste primeiro homem, feito à Sua própria imagem e controlado pelo Seu Espírito divino, Deus poderia povoar a terra com seres que poderiam também levar Sua semelhança, render-se à Sua soberania, servi-Lo com fertilidade e conviver em justiça e paz.
G. Campbell Morgan, em The Crises of the Christ (A Crise de Cristo), expõe a posição de Adão perante Deus no seguinte parágrafo:
“A vontade finita está para ser testada, e ela resistirá ou cairá na medida em que ela se submete ou se rebela contra a Vontade Infinita do Infinito Deus. Assim, o homem não-caído foi um ser criado à imagem e semelhança de Deus, vivendo em união com Deus, cooperando ativamente Com Deus, tendo o ponto de limitação do seu ser marcado por um simples e definido mandamento dado sobre ele, promessas graciosas atraindo-o para aquilo que era elevado, de um lado, e uma sentença solene animando-o para aquilo que era o mais baixo, de outro. Ele era um soberano debaixo de um Soberano, independente, mas dependente. Ele tinha o direito da vontade, mas isso só poderia ser exercitado em perpétua submissão à elevada vontade de Deus".
“E 0 SENHOR Deus lhe deu esta ordem: . . . da árvore do Conhecimento do bem e do mal não Comerás” (Gn 2:16,17). #renovandooentendimento











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