Hebreus 1: 1- 4 – Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nos falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o
mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pelas palavras do seu poder, havendo
feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
Majestade, nas alturas; feito tanto mais
excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Quando lemos esses versos podemos observar que Deus falou
antigamente, refere-se a todas as revelações do velho testamento isto fica
muito claro pela citação dos profetas, entendemos também que quando Deus fala
traz uma revelação. Antigamente Deus falou muitas vezes isto quer dizer em
muitas porções ou citações, a revelação não era completa, mas se completava a
cada fala de Deus e utilizou diversos modos diferentes para trazer essa
revelação. O autor de Hebreus agora quer deixar claro que hoje estamos diante
de uma revelação completa, perfeita e final, quando diz que Deus nos falou
nestes últimos dias pelo Filho. Deus não utilizou mais uma maneira de falar e
muito menos um meio, mas sim Deus em forma humana na pessoa do Filho. Essa
revelação é perfeita e suficiente para nós, não há o que acrescentar a essa
revelação porque ela é completa. Para reforçar que essa revelação é completa,
perfeita e final e que não precisa de acréscimos o autor destaca sete coisas em
que essa revelação é superior àquela dada antigamente e que o Filho é superior
aos profetas. Ele reforça isso quando ele qualifica o Filho com as seguintes
coisas: Herdeiro de tudo; Criador de tudo; Resplendor da glória de Deus;
Expressa imagem da pessoa de Deus; Sustentador de todas as coisas; Quem nos
purifica do pecado; e Soberano por assentar-se a destra da Majestade e receber
um nome muito mais excelente do que os anjos.
Essa revelação completa, perfeita e final os escritores do
Novo Testamento chamam de Evangelho de Cristo, ou seja, a Boa Nova que Cristo
traz através de sua obra redentora. A este evangelho não há necessidade de
acréscimos. Quando vemos o evangelho que
hoje é pregado quanta coisa tem sido acrescentado a ele tornando-o assim como
diz o Apóstolo Paulo que Anátema. Não precisamos acrescentar nada ao Evangelho
de Cristo, basta simplesmente ficarmos na simplicidade que há em Cristo, da
qual muitos têm deixado por ter seus entendimentos corrompidos pela astúcia da antiga
serpente do Jardim do Éden. Que possamos deixar de lado os acréscimos ao
Evangelho e voltarmo-nos para a simplicidade que há em Cristo.
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