A publicação do comentário do Irmão Watchmann Nee sobre a Igreja em Laodicéia foi a última da série Igrejas do Apocalipse.
A partir desta publicação estarei postando Frase e Comentários de irmãos que viveram no século passado e irmãos contemporâneos, espero que seja edificante a todos que lerem e seguirem o blog Renovando o Entendimento. Um abraço a todos, fiquem na Paz e Graça de Jesus Cristo.
Por mim, oh Senhor, aqui já morreste,
E eu bem o sei, que em Ti morri assim;
Bem vivo estás, a morte venceste,
E agora Senhor Tu vives sempre em mim.
A face do Pai, de graça a irradiar,
Já brilha pra mim, a me iluminar.
Esta é uma estrofe de um Cântico que o Irmão C.H. Makintosh publico em seu livro A Total Suficiência de Cristo.
Em seu Emaill!
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30 de jul. de 2015
AS IGREJAS DO APOCALIPSE
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20 de jul. de 2015
IGREJA EM LAODICÉIA
Apocalipse 3:14-22
Para onde a
igreja em Laodicéia aponta? Muitos são incapazes de responder esta pergunta.
Alguns podem tentar tirar lições pessoais dela, outros podem toma-la como uma
representação da situação de ruína da igreja em geral. Mas o Senhor está aqui
profetizando.
3:14 – “Ao anjo da igreja em
Laodicéia escreve” – O nome dela é bastante peculiar. É uma combinação de duas
palavras gregas: “Laos”, que significa “povo” ou “leigos”, e “dicea” que
significa “opinião” ou “costume”. Logo, Laodicéia significa opinião ou costume
do povo. Podemos ver claramente que a igreja tem falhado. O que vemos em
Filadélfia é amor, o que vemos em Filadélfia são os irmãos. Mas aqui todas as
coisas se tornam comuns. Se o povo de Deus não se mantém firme na posição de
Filadélfia, eles irão mudar. Porém, eles nunca irão mudar retrocedendo para
Sardes; ao contrário, se tornarão em Laodicéia. A que saiu de Roma (Tiatira) é
o Protestantismo (Sardes), a que saiu do Protestantismo (Sardes) são os irmãos (Filadélfia).
E a que sai dos irmãos se torna povo ou leigos (Laodicéia).
Um dia quando os irmãos falharem em
permanecer firmes na base da irmandade, eles cairão de adelphos (irmãos) para
Laos (povo). Em Sardes a autoridade está nas mãos dos pastores. Em Filadélfia a
autoridade está nas mãos dos irmãos. Agora em Laodicéia, não está nem com os
irmãos, nem com os pastores, mas com o “Laos” (povo). Significa a opinião da
maioria. No desejo das pessoas encontramos Laodicéia; na vontade de Deus, nós
vemos Filadélfia.
“Estas coisas diz o Amém, a
testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. – Filadélfia e
Laodicéia são similares na posição de igrejas. A diferença está no fato de que
em Filadélfia há amor. Não há muita diferença na forma exterior; o que
diferencia é que Laodicéia é a Filadélfia orgulhosa. Apenas Filadélfia em
estado de queda pode se tornar Laodicéia. Serem ricos é o que caracteriza
Filadélfia; se gabarem de serem ricos é a marca registrada de Laodicéia. A
doença fatal de Laodicéia é o orgulho.
O Senhor fala de si mesmo aqui como
o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Todas
as coisas que o Senhor mencionou encontrarão o cumprimento nEle, na verdade,
tudo o que é de Deus irá se cumprir nEle. O Senhor veio a este mundo para
testemunhar da obra de Deus. Ele é a cabeça sobre todas as coisas.
3:17 – “Pois dizes: Estou rico e
abastado, e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim,
miserável, pobre, cego e nu”. – Eles têm razão de terem orgulho no plano
natural; mas as coisas espirituais deveriam impedir o orgulho. Logo que começa
a ocorrer jactância, as coisas espirituais desaparecem. A palavra “infeliz” é a
mesmo encontrada em Romanos 7:24: “Desventurado homem que sou!” O Senhor está dizendo:
vocês são espiritualmente desventurados, infelizes, assim como o homem de
Romanos 7. Aos olhos do Senhor eles são dignos de piedade. Há três razões para
a infelicidade e miséria deles: eles são na realidade pobres, cegos e nus.
3:18 – “Aconselho-te que de mim
compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para
te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio
para ungires os teus olhos, a fim de que vejas”. – A fim de lidarem com as três
maldições acima, eles deverão comprar ouro, vestiduras brancas e colírio.
Aos olhos de Deus, riqueza em doutrina é de nenhum uso;
consequentemente, são ainda pobres. O Senhor os exorta a comprar ouro refinado
pelo fogo para que possam se tornar ricos. Na sua primeira epístola Pedro diz: “Para
que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro
perecível, mesmo apurado por fogo” (I Pe 1:7).
“Vestiduras Brancas” referem-se às obras e à conduta. A
vontade de Deus é para que sejam imaculados como usando as vestiduras brancas,
para que possam sempre andar diante dEle. O problema aqui não é se há uma
vestidura para usar, mas se a vestidura é branca. “E quem der a beber ainda que
sejam um copo de água fria a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo”,
diz o Senhor Jesus, “em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu
galardão” (Mt 10:42). Isto é a vestidura branca. O Senhor deseja que as pessoas
façam as Suas obras com uma motivação bastante pura. Quantas das muitas
atividades são realizadas com motivos impuros!
Colírio fala-nos da revelação do
Espírito Santo. Uma pessoa somente vê quando possui revelação do Espírito
Santo. Muito entendimento sobre doutrina pode impedir a revelação do Espírito
Santo. Quantos estão andando na luz de outras pessoas! Possamos aprender isto
diante do Senhor: comprarmos colírio.
3:19 – “Eu repreendo e disciplino a
quanto amo. Sê, pois zeloso, e arrepende-te” – Tudo o que foi dito antes foram
palavras de reprovação, mas o Senhor nos mostra agora que Ele repreende e
disciplina porque Ele ama. Não apenas indivíduos necessitam de arrependimento,
a igreja também deve se arrepender.
3:20 – “Eis que estou à porta, e
bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
cearei com ele e ele comigo”. – O que é esta porta? Há duas possibilidades: uma
é a porta do coração, a outra é a porta da igreja. Muitos usam este verso das
Escrituras para pregar o evangelho. Nós certamente podemos pegar emprestado
este verso para pregar o evangelho aos pecadores, mas não podemos ficar com ele
emprestado para sempre sem retorná-lo para o seu próprio contexto. Estritamente
falando, o Senhor está se referindo à porta da igreja. Quão estranho é que o Senhor,
o Cabeça da igreja, está agora do lado de fora da porta dela. “Eis que estou à
porta, e bato” – A palavra “eis” é endereçada para toda a igreja, mas a
mensagem é falada de forma individual. A porta é a porta da igreja, mas ouvir a
Sua voz e abrir a porta depende de cada um individualmente.
Sabemos que essa verdade tem dois
lados: o subjetivo e o objetivo, experiência versus verdade. O maior fracasso
dos Irmãos foi dar ênfase exagerada à verdade objetiva. “Entrarei em sua casa,
e cearei com ele e ele comigo”. – Isto indica que o Senhor tornará toda a
verdade objetiva em experiências subjetivas.
3:21 – “Ao vencedor, dar-lhe-ei
sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me sentei com meu
Pai no seu trono” – Muitas pessoas consideram esta como a melhor entre todas as
promessas dadas aos vencedores das sete igrejas. Por que é prometida uma coisa
tão nobre ao vencedor? Porque a era da igreja brevemente findará e o vencedor
está aguardando o retorno do Senhor. Por esta razão, nós vemos o trono.
10 de jul. de 2015
A IGREJA EM FILADÉLFIA
Apocalipse
3:7-13
O nome Filadélfia é a combinação de duas palavras gregas “philo”
e “adelphos”: “philo” significa amor, e “adelphos” significa irmão: logo
Filadélfia significa “amor fraternal”. É interessante notar que as palavras do
Senhor para Filadélfia e Esmirna são bastante semelhantes. Dentre as sete
igrejas, cinco são repreendidas, e apenas duas não recebem qualquer repreensão.
Essas duas são Esmirna e Filadélfia. Exatamente como o problema em Esmirna veio
do judaísmo e dos judeus, da mesma maneira ocorreu com Filadélfia. Para a
igreja em Esmirna o Senhor diz: “Tereis tribulação”; para a igreja em
Filadélfia Ele diz: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o
mundo inteiro”. Para ambas as igrejas o Senhor menciona a coroa. Para Esmirna
Ele diz: “Dar-te-ei a coroa da vida”; e para Filadélfia Ele diz: “Conservas o
que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.
Uma vez que essas duas igrejas possuem muitas similaridades,
elas permanecem na mesma linha: na linha ortodoxa dos apóstolos. Embora a
igreja em Sardes tenha sido uma restauração verdadeira, tal restauração não foi
completa. Pois ao contrário da igreja em Filadélfia que recebe louvores, a
igreja em Sardes recebe reprovação. Podemos assim saber com certeza que
Filadélfia é a escolha do Senhor porque ela é uma extensão da linha ortodoxa
dos apóstolos.
No século XIX houve um grande movimento na igreja que ultrapassou
a Reforma. E assim Filadélfia nos deu o que a Reforma falhou em dar. Nós
agradecemos a Deus porque a questão da igreja foi solucionada através do movimento
dos “Irmãos”. A posição dos filhos de Deus foi praticamente restaurada. No entanto,
a fama do movimento dos Irmãos ficou muito aquém da fama da Reforma. Porque a
Reforma irrompeu no mundo com a ajuda da espada e da pistola, enquanto o
movimento dos Irmãos dependeu puramente na pregação da Palavra de Deus.
3:7 – “Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve” – Filadélfia;
amor fraternal. Em qual aspecto Deus particularmente louva Filadélfia? No seu
amor fraternal, porque a classe intermediária que fazia distinção entre
clérigos e leigos foi totalmente abolida. Além disso, na igreja não há judeus
nem gentios, nem livres, nem escravos. Todos são irmãos. Somente quando os
nossos olhos forem abertos para isso, poderá o amor fraternal se tornar
possível. No mundo, as distinções são gloriosas, mas na igreja, elas são vergonhosas.
A igreja não permanece sobre as distinções, mas sobre o amor fraternal.
“Estas cousas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a
chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre” – A vida
do Senhor é santa; Ele próprio é a santidade. E Ele é esta realidade diante de
Deus, porque Ele é a realidade de Deus. A chave de Davi significa autoridade.
Cristo é a finalidade, e todos os problemas são solucionados nEle. Não é uma
questão de força, nem de publicidade, mas de Seu ato de abrir a porta.
3:8 – “Conheço as tuas obras... que tens pouca força” – Uma passagem
nas Escrituras pode ser associada com este verso: “Pois quem despreza o dia dos
humildes começos” (Zc 4:10). Não devemos desprezar o dia dos humildes começos,
isto é, o dia da reconstrução do templo. Após setenta anos de cativeiro, o
remanescente dos judeus retornou para Jerusalém em fraqueza e em grupos. Eles
reconstruíram o templo santo, servindo assim como um tipo para o movimento dos
Irmãos. Muitos dos judeus mais velhos que haviam visto o templo antigo,
choraram em alta voz quando viram a fundação da casa de Deus sendo lançada. Pois
como poderia a glória deste templo ser comprada à glória do templo de Salomão?
Mas Deus falou através do profeta Zacarias, dizendo para que ninguém
desprezasse o dia dos humildes começos. De forma comparativa, o testemunho da
igreja no mundo é semelhante ao dia dos humildes começos.
“Guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”. – No que
se refere à sua força, o Senhor conferiu a eles duas coisas: guardaram a Sua
palavra, e não negaram o Seu nome. Os irmãos são conhecidos pelo conhecimento
que têm da Palavra de Deus. Um simples crente entre eles parece ter um
entendimento mais claro das Escrituras do que muitos missionários. E desde 1828
os irmãos mantiveram o costume de serem apenas chamados de cristãos. Muitas
pessoas insistem em terem um outro nome denominacional, mas esses irmãos não
tiveram outro nome além de Cristãos. São chamados pelo nome de Irmãos (com
letra maiúscula) por outros, algo que nunca a si mesmo se chamaram.
“Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual
ninguém pode fechar”. – Para Filadélfia o Senhor apenas menciona aberta. As
pessoas podem contender dizendo que se pregamos de acordo com as Escrituras
todas as portas irão se fechar. A maior provação em obedecer ao Senhor é quando
uma pessoa encontra as portas fechadas. Porém aqui há esta extraordinária
promessa: “Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém
pode fechar”.
3:9 – “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de
Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus, e não são, mas mentem, eis
que os farei vir e prostrar-se aos teus pés, e conhecer que eu te amei”. – Há pelo
menos quatro coisas que judaízam a cristandade, são elas: um sacerdócio
intermediário, um sistema de leis escrito, um templo físico e promessas
terrenas. Para aqueles que realmente conhecem a Deus, a influência do judaísmo
está totalmente anulada.
3:10 – “Porque guardaste a palavra da minha perseverança” –
Isto se associa com “companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em
Jesus” (1:9). A palavra aqui é um substantivo, não um adjetivo: não é Minha
palavra perseverante, mas a palavra da Minha perseverança, o que equivale a
dizer, a perseverança de Cristo Ele mesmo. Hoje o Senhor é perseverante para
com aqueles que O injuriam. Sua palavra é a palavra da perseverança
(paciência). Ele não tem qualquer fama aqui neta terra. É um Homem humilde, o
Homem de Nazaré, considerado o filho do carpinteiro. Assim que O seguimos, nos
é dito para guardarmos a palavra da Sua perseverança.
“Também eu te guardarei da hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. – A provação
que há de vir sobre o mundo inteiro, todos os cristãos conhecem, é a Grande
Tribulação. Mas antes da hora da provação chegar, nós já teremos sido
arrebatados. Nas Bíblia há dois lugares que falam da promessa do arrebatamento:
uma se encontra em Lucas 21:36, e a outra em Apocalipse 3:10. Nós precisamos
seguir o Senhor cuidadosamente, aprender a andar de conformidade com
Filadélfia, e pedir ao Senhor para nos livrar de todas essas coisas que estão
para vir sobre este mundo.
3:11 – “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que
ninguém tome a tua coroa” – Essa igreja continuará até a volta do Senhor. “Conserva
o que tens” – O que os irmãos em Filadélfia têm? Minha palavra. Meu nome. “Para
que ninguém tome a tua coroa”. – Para as demais igrejas, é uma questão de
ganhar a coroa; para Filadélfia, é uma questão é perde-la, pois o Senhor afirma
que ela já tem a coroa. Há apenas uma pessoa em todo o Novo Testamento que
sabia que há possuía a coroa, e este homem era Paulo. E entre todas as igrejas,
apenas Filadélfia sabe que possui a coroa. Portanto, o Senhor a adverte a não
deixar que ninguém tome a sua coroa. Ele quer dizer com isso que ela não saia
da posição de Filadélfia, e abandone o seu lugar.
3:12 – “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu
Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome
da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu
Deus e o meu novo nome”. – Assim Filadélfia frequentemente experimentou
ostracismo em sua história, assim também, um dia ela nunca mais será
excomungada. Para ser uma coluna no templo de Deus significa ser
permanentemente colocado, porque uma coluna não pode ser nunca removida.
Filadélfia, como uma Coluna, suportará o templo de Deus, tendo os três nomes –
de Deus, da Nova Jerusalém, e de Cristo – inscritos sobre ela. O eterno
propósito de Deus será então cumprido. Os irmãos em Filadélfia satisfazem ao Senhor
assim como pertencem ao Senhor.
3:13 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas” – Lembremos bem de que Deus não nos deu alternativas para escolhermos;
antes, Ele tem colocado, de maneira plena diante de nós, o caminho da igreja.
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