VÉU DESVANESCENTE
ÊXODO 34:29-35
Introdução
Hoje quero falar de algo muito importante e significativo,
para mantermos uma vida autentica de discípulo de Cristo, pois temos perdido
muito do que Deus através do Espírito Santo quer trabalhar em nossas vidas.
No texto que lemos vemos que Moisés depois de estar com Deus
no monte e trouxe para o povo as tábuas da lei, o seu rosto estava resplandecente e Moisés não sabia
disso, mas o povo viu e temeu, este é o registro que temos no Velho Testamento.
Agora o Apóstolo Paulo ao falar sobre Moisés levanta algo
que o Velho Testamento não fala. Em 2
Coríntios 3:12,13 – o que ficamos sabendo sobre Moisés, o brilho do contato com
Deus estava se desvanecendo ou desaparecendo, por isto Moisés colocou o véu
para que o povo não pudesse ver o brilho desaparecer e continuou a usar o véu.
O Apóstolo Paulo faz uma pergunta: Por quê? Por que Moisés continuou a
conservar o véu sobre o rosto depois que
fulgor desapareceu? A resposta que Paulo dá é: porque estava com medo. Mas medo
de quê? Que o povo visse que a glória estava sumindo. Ele não queria que o povo
testemunhassem o fim da glória desvanecente. A marca de sua posição
privilegiada e de sua condição diante de Deus estava desaparecendo, e ele não
queria que ninguém soubesse disso. Bom, Moisés fez o que milhões de pessoas já
fizeram depois disso – escondeu a glória apagada por trás de uma fachada, de um
véu. Não deixou que ninguém visse o que se passava em seu interior.
Fica muito claro que Paulo quer dizer que este véu que
cobria a face de Moisés era um símbolo da posterior atividade da carne, pois
ele vê que, em seus dias, ainda existe esse véu. Moisés trouxe do monte os Dez
Mandamentos, a primeira reação do povo
foi: tudo que o Senhor falou faremos. Aqui aparece a confiança e o orgulho carnais se apresentaram
e disseram: Estamos capacitados a fazer tudo que disseres, Senhor. O povo tinha
conhecimento de que não tinham condição de cumprir tudo o que o Senhor lhe
dissera nos mandamentos, pois no mesmo dia em que disseram que iriam cumprir
tudo o que o Senhor mandasse, neste mesmo dia falharam. Cobriram o seu fracasso
com o ritual religioso, e se convenceram de que isso era tudo que Deus queria.
Esse orgulho de não reconhecer o próprio fracasso foi o véu que ocultou o fim
da glória desvanecente.
Mil e quinhentos anos depois de Moisés o Apóstolo Paulo
encontrou o mesmo véu nos judeus. Eles tinham para com a lei a mesma reação que
seus ancestrais tinham ao pé do Monte Sinai. Agora depois de dois mil anos
depois de Paulo, ocorre o mesmo
fenômeno.
Hoje em dia, esses véus se apresentam sob formas as mais
variadas, mas, em essência, são sempre a mesma coisa: representam uma imagem ou
fachada falsa que queremos mostrar aos outros, e por trás da qual ocultamos
nossa verdadeira imagem. Portanto, esse véus são sempre uma forma de orgulho e
hipocrisia. Não queremos que as pessoas vejam nossa glória desvanescente. Até
relutamos em admitir para nós mesmos que ela desvaneceu. E porque agimos assim,
Jeremias 17:9 nos diz que : Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o
conhecerá? O orgulho em milhares de facetas. É um gênio do disfarce. Apesar de
detestarmos o orgulho, esses véus de aparência tão inocente são tão necessário
ao nosso ego, que inventamos muitas formas inteligente de preservá-los. Um
desses modos é utilizarmos de
duplicidade na nomenclatura. Quando certa forma de orgulho aparece nos outros,
damos-lhe determinado nome. Os outros tem preconceitos, nós temos convicções
fortes. Os outros são presunçosos, nós temos respeito próprio. Os outros
procuram, ostensivamente, não ficar abaixo do vizinho, nós simplismente
tentamos prosperar. Os outros estouram e perdem a calma, nós somos dominados por uma ira justa.
Quando alguém fala "Estou apenas tentando servir ao
Senhor humildemente”, estamos diante da pessoa mais orgulhosa. São Jerônimo nos
avisou: “Cuidado com o orgulho da humildade”.
Existe também a justiça própria. É uma das mais perigosas
formas de orgulho cristão. A pessoa toma um certo padrão bíblico de conduta, e
orgulha-se de sua própria capacidade de observá-lo exteriormente, enquanto,
convenientemente, ignora o fato de que, no coração e no pensamento, ela não o
observa. Este foi o pecado que Jesus mais atacou fortemente. Justiça própria
também é o pecado da pesoa que se põe a acusar outra, pois ela se fixa num só
ponto de conduta e ignora as áreas de sua vida em que há fraquezas semelhantes.
Um outro véu entre os crentes é a excessiva sensibilidade.
As pessoas excessivamente sensíveis se magoam facilmente com as palavras ou
atos dos outros. Precisamos tratá-las com extremos cuidado, para que não se
ofendam. A explicação eu dão para isso é sempre a desconsideração ou rudeza dos
outros, mas, na verdade, é a sua forma pessoal de protestarem por não receberem
as atenções e importância de que se julgam merecedoras.
Outras mascaras: um espírito impaciente também pode ser um véu para esconder aquilo
que somos realmente. Frequentemente, aparece sob a forma de zelo ou de
dedicação. Mas, na verdade, aquele que por qualquer coisa fica irritado, ou
enruga a testa, ou responde com rispidez, com tais atitudes, que são forma de
orgulho. O hábito de se auto justificar também revela uma atitude semelhante.
Mas talvez o véu de que os crentes mais lançam mão, seja o
da frieza, o costume de guardar sentimentos e atitudes totalmente para si,
escondendo-os até mesmo de amigos e parentes chegados. Esse distanciamento
brota basicamente do medo, do temos de que nos conheçam exatamente como somos.
Muitas vezes, leva o nome de reserva.
Está muito claro que o véu é uma transgressão patente de
mandamentos bíblico tais como: Tiago 5:16; Gálatas 6:2; João 15:12, 15; 2
Coríntios 6:11,13.
A ideia de que, para sermos amados e aceitos, precisamos
parecer perfeitos ou bem sucedidos é uma grande mentira de Satanás. Por isso
tentamos projetar uma imagem de capacidade ( o extrovertido) ou procuramos
esconder nosso fracasso (o introvertido). A nova aliança oferece exatamente a
situação oposta. Se reconhecermos nossa incapacidade, poderemos ter a
capacitação de Deus, e tudo aquilo que inutilmente tentamos produzir por nós
mesmo, nos é dado, quando somos fracos. O segredo é retirar o véu.
Como podemos retirar o véu? A resposta está em 2 Coríntios
3:16. Retirar o véu é ter fé na promessa
de Deus e confiar em sua Palavra. Romanos 6:6
- Quando aceitamos essa palavra com relação a forma de orgulho que
estamos utilizando no mento ou seja o véu com que nos cobrimos, somos
imediatamente libertosdele pelo Espírito. Romanos 8:13 .
Somo livres para viver, 2 Coríntios 3:18 – Pela fé na
promessa de Deus deixamos de contemplar a face de Moisés, e agora contemplamos,
em todo o seu resplendor, a glória de Deus na Face de Jesus Cristo. O véu foi
removido , cessaram a lei e Moisés. Que vivamos em total liberdade para sermos
o que verdadeiramente somos e nos deixemos ser tratados pelo Espírito Santo.